No quarto de Candy

"E ela disse, se tu queres ser livre abre os teus olhos..." - No quarto de Candy - Xutos & Pontapés, 1997

quinta-feira, julho 21

Metro Integral 20.07.05


O jornal Metro falou com o “Calú” (leram bem, é assim que vem escrito no jornal), que revelou como nasceram alguns êxitos da banda:

Homen do Leme, 1985
Letra: Tim
Música: Xutos & Pontapés

“Foi uma das primeiras músicas que o Tim fez para a banda. Não sei bem por que é que ele a escreveu, mas revela os problemas sociais daquela altura. Éramos da classe operária e sentiamos as dificuldades naturais dos trabalhadores.”


Contentores, 1987
Letra: Tim
Música: Xutos & Pontapés

“Outra música de carisma social, não era para ser editada porque não gostávamos dela quando a tocámos, mas o produtor Carlos Maria Trindade, escolheu-a para completar o àlbum. Fizemos uns arranjos e a coisa ficou engraçada. É uma letra que continua a ser actual. Eu, que não ligo muito às letras, acho que esta se adequa muito bem aos problemas que os jovens enfrentam hoje em dia. Fala de emigração: Vamos embora daqui que isto não presta para nada.”

Não Sou o Único, 1987
Letra: Zé Pedro
Música: Xutos & Pontapés

“É uma grande música do Zé Pedro, que nasce de um acaso. O Zé estava a fazer um exercício rítmico e começámos todos a tocar e ficou. O Cabeleira, que acabava de entrar para a banda, contribuiu muito. A esperança é a ultima coisa a morrer... e é uma das músicas mais conseguidas dos Xutos. Estávamos sem editora e quando a fizemos estávamos em grande luta.”

Circo de Feras, 1987
Letra: Tim
Música: Xutos & Pontapés

“Grande música de amor. Sem palavras... É impossivel não a tocarmos hoje em dia.”

À minha maneira, 1988
Letra: Tim
Música: Xutos & Pontapés

“O Zé Pedro teve sempre essa tendência de escrever letras muito directas. É mais uma canção de luta. Musicalmente vem na linha do Maria, mas acaba por ser muito divertida.”

Minha Casinha, 1988
Letra: Silva Tavares e António Melo
Música: Xutos & Pontapés (adaptação)
“É um hit por acaso. Nasce de uma brincadeira nos ensaios no Rock Rendez-Vous. Não sabiamos o que haviamos de pôr como letra. Inicialmente saiu como single, mas teve um sucesso estrondoso.”

Dia de São Receber, 1992
Letra: Tim
Música: Xutos & Pontapés

“Foi uma música feita por mim. Um dia apresentei-a ao pessoal e todos gostaram. O Tim é que lhe pôs a letra. Eu tinha a ideia de pôr o Ai a minha vida, mas tirámos porque achámos que não ficava bem em CD. Depois o técnico de som disse: Desculpa lá mas tens de pôr isto. E assim foi”

Chuva Dissolvente, 1992
Letra: Tim
Música: Xutos & Pontapés
“É uma música feita numa época extremamente má para os Xutos. Estávamos para acabar, e, como achava que a banda devia continuar, aluguei uma casa em Sintra, onde montei um estúdio, e fomos todos para lá gravar. Ficavamos lá, só o Tim é que ia dormir todos os dias a Lisboa. A letra surgiu da imagem com que ele ficou quando ia de madrugada pelo IC19. É uma música muito ligada á cidade. É quase um tema de catálogo, que se aprende a gostar com o tempo.”

Remar, Remar, 1984
Letra: Tim
Música: Xutos & Pontapés

“É a minha música de eleição, que transmite aquilo que os Xutos são hoje. Ficámos sem editora e investimos sozinhos, gravámos sozinhos...É um tema completamente fabuloso. Remar, remar contra a maré. Musicalmente é um dos melhores temas. É aquela musica do coração.”

Jornalista: Mary Caiado
Montagem Fotográfica: Sandra Cabral

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