No quarto de Candy

"E ela disse, se tu queres ser livre abre os teus olhos..." - No quarto de Candy - Xutos & Pontapés, 1997

sábado, agosto 20

Ansião 13.08.05




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A viagem decorreu nas calmas, entre emigrantes, espanhóis e portunheses. Nada a declarar. Uma vez em Ansião, partimos em busca do parque-de-campismo mais próximo, que ficava numa terra estranhamente baptizada como Penela, mas a desilusão foi completa! Nunca vi parque tão pequeno em 20 anos de campismo! Estão a ver aquelas rotundas onde costumamos dar duas voltas? Pois o parque não era maior! Como já não havia tempo para procurar um local com melhores condições, montámos o Iglo em plena rotunda e aí fomos nós.

Ao chegar ao recinto do concerto foi bom rever caras de andarilhos que já tinham estado em Setúbal. Entre eles, adorei estar à conversa com a Rita, depois de tantos concertos em que a saudação entre nós se resumiu a um olhar... Em suma, uma tarde muito agradável entre andarilhos, roadies e músicos. Por falar em músicos, o João surpreende-me cada vez mais e fico muito feliz com a sua boa disposição. Check-sound arrumado com uma grande foto-reportagem que o Clube de Combate fez (e que a galeria acima ilustra) e lá fomos para a janta. Um hiato de tempo entre matrecos e shots que não custou nada, mesmo nada, a passar...

O concerto em si foi excelente, tirando as pitas estéricas atrás de nós, que não paravam de gritar e de tentar chegar às grades (para a próxima, se quiserem as grades cheguem mais cedo, dah). Fartei-me de pular e o banho de mangueira nunca me soube tão bem como neste concerto. Depois do shot por dentro, foi uma espécie de shot por fora. :)

Difícil, difícil, foi conseguirmos cantar os “Parabéns” ao João Cabeleira e reparar se ele dava conta. Desatámos a cantar quando a meia-noite chegou e ao fim de várias tentivas o Tim lá se sentiu abafado pela voz do Geração XP, interrompendo um mini-discurso para que pudéssemos celebrar a data. Sinceramente, continuei sem perceber se o João deu conta, mas - como isto de ser andarilho também é ser persistente - no final do concerto conseguimos cantar os “Parabéns” in loco e ao próprio. Até levou com um:
- «E pró João não vai nada, nada, nada?»
- «Tudooooo!»
O concerto acabou, mas a festa ainda estava a começar! Depois de um longo convívio com aqueles de que gostamos, resolvemos descansar no balneário (o suposto camarim lá da terra) onde “adquirimos” algumas recordações. Nem espelho ou cinzeiro se safaram.

A situação mais hilariante estava reservado para a saída do local, quando um feirante fã de Xutos (não, desta vez não fomos agredidos) quis comprar uma t-shirt à força toda. Ora, como já eram 4 da manhã, o Facal revelou-se com “olho pró negócio” e vendeu a t-shirt dele com ano e meio de uso por uns módicos... 20€ (mais oferta de quatro imperiais na compra de 4 pães)! Afinal, uma t-shirt com “experiência”, sempre deve ser mais cara, não é Facal?

Com tudo isto, já eram 7 da manhã quando tentámos ir dormir ao parque antes de rumarmos a Vinhais. Tentámos, disse bem, porque quando finalmente adormecemos, nem uma hora tinha passado e... começaram os foguetes. Bum, bum, bum! Que raio de ideia às 8.30 da manhã!

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